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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Jogar no Cruzeiro é sonho antigo, diz Roger


O meia Roger foi apresentado oficialmente como jogador do Cruzeiro nesta quinta-feira, pouco depois de chegar à Toca da Raposa II para dar início às avaliações médicas. O jogador recordou o processo de negociação com o Cruzeiro, que começou com um e-mail mal interpretado, e terminou com a realização do desejo de vestir a camisa celeste.
Roger recebeu a camisa do Cruzeiro das mãos do vice-presidente de futebol celeste, Gustavo Perrella, que falou sobre a definição do tempo de contrato. O armador tinha um pré-contrato de dois anos que teria valor a partir de julho. Havia a possibilidade que ele chegasse em abril, e por fim, Roger chegou no início de fevereiro.
"Seriam dois anos (de contrato) se o Roger viesse em julho. Como conseguimos antecipar, preferimos prolongar para três anos", explicou o dirigente.
Sorridente, Roger não escondia a alegria pela chegada à nova casa. "Estou muito feliz. Esse namoro vem de alguns anos e sempre batia na trave. Mas aconteceu dessa vez e vou me empenhar ao máximo para dar certo, ter três anos tranquilos e com muitos títulos", disse.
Não passava pela cabeça de Roger se apresentar a um clube brasileiro já em fevereiro. Ele imaginava completar dois anos no Catar e retornar apenas no segundo semestre. Eis que o e-mail de um amigo que intermediou o contato do Cruzeiro fez com que mudasse de ideia.
Ao ler "Cruzeiro" como assunto da mensagem, Roger imaginou que estava sendo convidado por um casal de amigos para um passeio de navio pela Europa, e ficou animado. Ele havia decidido por aceitar a proposta, mas foi surpreendido logo em seguida.
"Já estava feliz com a notícia. Só que, ao ler o e-mail completo, fiquei muito mais feliz, porque era o interesse de um grande Clube, que realmente tive grande vontade de jogar. Acredito que é o Clube mais organizado do Brasil, que dá mais condições de fazer um trabalho sério e bom. Aquilo me deixou tão feliz que respondi na hora", contou.
A negociação do pré-contrato foi rápida e Roger nem fez reparo à primeira oferta feita pelo Clube, por entender que teve o trabalho reconhecido e foi devidamente valorizado.
"A vontade das duas partes prevalece. O Cruzeiro fez uma proposta que foi prontamente aceita, porque foi de acordo com o que esperava. Não teve aquela 'picuinha', discussão chata que não leva ninguém a lugar nenhum. Aí sim comecei uma árdua caminhada para tentar uma liberação antes, que acabou dando certo", comentou.
Aos 31 anos, Roger quer fazer história no Cruzeiro e terá três anos para isso. O meia canhoto e habilidoso que despontou no Fluminense no final da década passada chega com o status de grande contratação, mas sabe que isso não basta para torná-lo ídolo.
"O nome é importante, mas o elenco do Cruzeiro é muito bom. Vou ter que trabalhar bastante, me empenhar muito para conseguir uma vaga na equipe. Venho para somar, para ajudar da melhor maneira possível. O trabalho vai ser forte, o empenho, total", afirmou.
O novo reforço do Cruzeiro para a Libertadores já reza a cartilha do técnico Adilson Batista, que valoriza a versatilidade do atleta. Roger é conhecido por atuar como camisa 10, armando o jogo no meio, mas pode fazer outras funções no esquema do time celeste.
"A minha posição de origem é meia centralizado que joga por trás dos atacantes. No Catar eu vinha jogando de segundo atacante, jogava às vezes até de costas. E também já fiz essa trinca de volantes, pelo lado esquerdo. São posições que me agradam e vai depender dos treinador. Onde ele escolher, vou tentar ao máximo", avaliou.
Roger passará por exames médicos na sexta-feira e irá no sábado ao Rio de Janeiro, onde tratará de assuntos particulares na segunda-feira. Ele se junta ao elenco de Adilson Batista na terça-feira, quando começará a etapa de avaliações físicas.
A última partida do armador no Catar foi no último dia 30, mas o próprio Roger adverte que a exigência no futebol do Oriente Médio é muito diferente da que encontra no Brasil. Lá, treinava em um período e tinha até 15 dias de intervalo entre um jogo e outro. Eram cerca de 30 partidas por temporada, contra as até 70 que poderá fazer por aqui.


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